terça-feira, 15 de junho de 2010

O valor de cada geração


A realidade do universo organizacional mostra que a atualização tecnológica tornou-se um objetivo constante e um dos um dos caminhos para as empresas manterem-se competitivas diante da concorrência. Em paralelo, o foco no desenvolvimento dos talentos humanos e o permanente aprimoramento de boas práticas gerenciais estimulam uma cultura voltada para a qualidade, a preocupação e o envolvimento de todas as pessoas com a segurança e saúde no trabalho, além da preservação do meio ambiente.
Contudo, para dar continuidade a esse processo de permanente atualização, há organizações que acreditam ser necessária a existência de um equilíbrio entre gerações diferentes, ou seja, o “novo” e o “experiente”. Neste contexto, é preciso que os colaboradores com anos de “casa” estejam preparados e abertos às novidades, prerrogativas fundamentais e imprescindíveis para crescimento e a sobrevivência de qualquer companhia.
Uma organização que acredita nessa linha estratégica é a Mineração Rio do Norte, que fica localizada no município de Oriximiná, no Estado do Pará. Na companhia, os profissionais que atuam na organização há vários estão sempre dispostos a aprenderem com os novos talentos que chegam e passam suas experiências para quem tem muito “chão” a percorrer. Para isso, existe todo um processo de oxigenação que é colocado em prática todos os dias.
As primeiras ocorrências de bauxita na Amazônia, localizadas no extremo Oeste do Estado do Pará, foram descobertas pela Alcan na década de 60. A partir daí, foi constituída, pelo Grupo Alcan do Brasil, a Mineração Rio do Norte S.A. (MRN). Atualmente a MRN tem como acionistas as seguintes empresas: CVRD (40%), BHP Billiton Metais (14,8%), Alcan (12%), CBA-Votorantim (10%), Alcoa Brasil (8,58%), Alcoa World Alumina (5%), Norsk Hydro (5%) e Abalco (4,62%). Entre 2001 e 2003, a MRN investiu em um novo projeto de expansão. Com ele, a empresa passou de uma capacidade instalada de produção de 11 milhões para 16,3 milhões de toneladas de minério. Pelo segundo ano consecutivo, o recorde de produção foi quebrado, com 17,21 milhões de toneladas de bauxita produzidas no fechamento do ano de 2005. Atualmente, a MRN possui mais de 1.300 funcionários. As operações da mineração contribuem para a geração de quase 12 mil postos de trabalho, entre diretos e indiretos, no Estado do Pará.
A integração de novos funcionários ocorre da seguinte forma: com a empresa – monitorada pela área de Recursos Humanos; com a área de trabalho e com o posto de trabalho – coordenadas pelos pelas gerências. De acordo com Júlio Sanna, diretor-presidente da MRN, as lideranças possuem papel relevante no processo de integração entre novos e antigos colaboradores, pois são responsáveis por proporcionarem o envolvimento das pessoas dentro da sua equipe, estimulando-as a aceitar desafios, desenvolvendo a autoconfiança, a iniciativa e o entusiasmo de cada um.
“Dessa forma, os líderes proporcionam a solidariedade e a cooperação entre os antigos e os novos por meio da troca de experiências. Além disso, o plano de treinamento em processos e padrões garante que os novos funcionários assimilem a rotina rapidamente, fazendo com que tenham mais segurança e se sintam bem preparados”, explica Júlio Sanna, ao ressaltar que por estar sediada em um local remoto, faz parte da cultura e dos valores da empresa que os veteranos recebam os novatos em um ambiente solidário e acolhedor. O fato de todos estarem longe de suas origens, distantes de amigos e familiares, proporciona um envolvimento natural dos antigos com os novos, facilitando assim, a adaptação para quem chega.
Para a MRN, o maior benefício de mesclar pessoas de várias idades no meio corporativo sem dúvida alguma é a troca de conhecimento e experiências. Os novos talentos trazem percepções e técnicas inovadoras, os veteranos agregam a sabedoria e a prática. Esta conjugação de fatores permite criar um ambiente de contínuo desenvolvimento técnico, de processos e pessoas. E dentro desta perspectiva, a empresa encontra as condições necessárias para o investimento no desenvolvimento do seu capital intelectual e, com isso, reter talentos e preparar futuros sucessores para as mais diversas posições.
Homenagem aos veteranos – Na década de 80, a MRN resolveu incentivar os talentos internos e reconhecer os anos de dedicação à companhia. Nesse sentido, a partir de dez anos de “casa”, os colaboradores são homenageados pela empresa e ganham premiações. Essa iniciativa custa à organização mais de 300 mil reais ao ano – verba destinada à realização de um baile de gala, onde, na oportunidade, os profissionais recebem um presente personalizado: um relógio suíço, com a logo da MRN e seus nomes gravados em relevo.
“Eles ainda recebem uma gratificação que varia de meio a um salário. A solenidade acontece no salão social do clube corporativo, no mês de novembro, com um coquetel para os convidados. Após a cerimônia de premiação a festa continua com apresentação de uma banda. Em 2007, por exemplo, a festa contou com a participação da Banda Beatles Forever”, complementa o diretor-presidente da companhia, ao destacar que além do corpo gerencial, também comparecem ao baile de gala um convidado para cada homenageado.
Novos talentos – Além de reconhecer e premiar os funcionários pelo tempo de serviço prestado, a MRN conduz programas de captação de novos talentos em todos os níveis de sua estrutura organizacional. Dentre esses, encontram-se: o Programa de Trainees, que anualmente abre inscrições em âmbito nacional, e o programa Jovem Aprendiz, que conta atualmente com 41 jovens em formação por meio de convênio com o sistema Senai.
São desses programas, ou mesmo pelos recrutamentos convencionais, que os novos talentos, de formações e regiões diversas, entram anualmente na empresa e são orientados por profissionais mais experientes. “O processo de crescimento que o Brasil evidencia, proporciona uma natural oxigenação nos quadros de todas as empresas, uma vez que a competição por profissionais formados e competentes tem sido realidade cada vez mais presente no dia-a-dia das empresas”, conclui o diretor-presidente da Mineração Rio do Norte.

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