terça-feira, 15 de junho de 2010

Formando equipes vencedoras


"Comprometimento individual a um esforço conjunto - isso é o que faz um time funcionar, uma empresa funcionar, uma sociedade funcionar, uma civilização funcionar" - Vince Lombardi. "Eu sou parte de uma equipe. Então, quando venço, não sou eu apenas quem vence. De certa forma, termino o trabalho de um grupo enorme de pessoas" - Ayrton Senna. Com base nessas duas citações que enfatizo, vamos a uma analogia entre o mundo corporativo e o esportivo.
Basquete - Imagine um time de basquete repleto de grandes estrelas, jogadores renomados e de grande capacidade técnica, porém, muito individualistas. É bem provável que este "Dream Team" não vença. Por melhor que seja um jogador, ele nunca será melhor do que o time adversário.
Ao longo da história grandes times amargaram derrotas, e equipes modestas se consagraram pela força do coletivo e da união. O talento é a maior capacidade de um atleta, porém se este não for compartilhado, ele afundará. Da mesma forma, o colaborador que não soma o seu talento com a equipe ou que pensa ser capaz de fazer tudo sozinho, afundará profissionalmente.
Futebol - Pelé foi considerado o maior jogador de futebol (de todos os tempos), o atleta do século. Fez mais de 1200 gols, contudo, sem os passes, cruzamentos, dribles e jogadas de seus colegas ele não teria feito um gol sequer. Ele nunca saiu com a bola do meio de campo e driblou onze adversários. Nunca lançou uma bola para ele mesmo finalizar.
Uma organização não requer apenas um bom currículo, precisa de pessoas que saibam interagir e somar com o grupo. Repito: você precisa se integrar positivamente com outros profissionais.
Falta de foco: ainda usando o exemplo de um time de futebol - O goleiro precisa evitar que o adversário faça gol. Os zagueiros dão proteção ao time, em especial ao goleiro. Os laterais fecham a defesa e apoiam o ataque. Os volantes dão proteção para defesa e também fazem a armação das jogadas. Os armadores abastecem o ataque e frequentemente são artilheiros e "craques". Os atacantes têm a missão de fazer gols, de trazer vitórias.
Eventualmente goleiros fazem gols e atacantes auxiliam na marcação, mas ainda assim cada um tem sua missão, seu foco e seu objetivo. Em um projeto, um sistema, um objetivo, todos devem ser cooperadores. Alguns fatos podem comprometer toda equipe. Confira:
1. "Ado, a-ado, cada um no seu quadrado":
Numa equipe de trabalho todos são responsáveis pelo atendimento, pelas vendas, pela produção, por estratégias e soluções. A departamentalização é fundamental para a organização, contudo, isso não deve limitar a "funcionalidade" de cada um. Veja estes casos:
- Fui atendido pela secretária de uma grande empresa. Enquanto eu aguardava pela reunião com o diretor, perguntei a ela se tinha café. Sua resposta foi: "Sim, temos, mas a pessoa responsável por servir cafezinho não veio hoje".
- Entrei em uma loja e fui mal atendido. Antes de sair e procurar outro comércio, eu vi o proprietário sentado num sofá, apreciando seu bonito jornal. Ele também me notou e disse: "Espere até que uma delas possa lhe atender". Este atendimento poderia ser realizado pelo proprietário? Lógico!
2. Conflitos não-resolvidos:
Recentemente, fui contratado por uma empresa que desejava implantar novas políticas, mas que tinha um péssimo clima organizacional. Na sondagem inicial, ficou evidenciado que a grande responsável por tamanho conflito era uma pequena divergência de ideias entre dois colaboradores da produção. Há algum erro nisso? Em tese, não. Ter ideias diferentes sempre é interessante, se visto de forma positiva.
Neste caso citado, sim, foi um grande problema. Formaram-se as famosas "panelinhas" ou grupinhos. De um lado estava o funcionário X e todos que concordavam com suas idéias; do outro, o colaborador Y e seus seguidores. Bom, não preciso nem dizer que os relacionamentos interpessoais não eram mais os mesmos e que a motivação quase se perdera.
Sempre que houver conflitos de ideias, de comunicação ou de qualquer outro tipo, resolva com diálogo e sinceridade. Não adie um probleminha, pois ele poderá ser um problemão.
3. Liderança ineficaz:
Um verdadeiro líder forma outros, multiplica sua liderança. Torna-se um mentor, um educador. Sabe que se partir, ou se ausentar, tudo estará sob controle, pois ele capacitou outras pessoas.
Durante três anos, o líder Jesus Cristo preparou um homem que seria o guia do movimento Cristão. Estou falando de Pedro. Por aproximadamente 40 meses, Jesus ensinou os mandamentos, as doutrinas, suas filosofias e suas crenças. Pedro aprendeu e logo após a crucificação de Cristo, assumiu a liderança do Cristianismo.
Veja os búfalos, são sempre guiados por um líder. Em caso de fatalidade - morte do chefe -, eles ficam sem saber pra onde ir. Já os gansos voam em formato de "V". Quando o guia cansa, vai para trás e imediatamente outro assume o seu posto. Você é um ganso ou um búfalo?
A Liderança não é teórica, é prática. O líder persuadirá pelo que faz, não somente pelo que diz. Se falar e não fizer, será incongruente, confuso entre atos e palavras. Sendo assim, sua liderança não fará seguidores. Uma vez o sábio disse: "O que você faz? Fala tão alto que eu não consigo ouvir o que você me diz". A maioria das equipes é o reflexo da sua liderança. Um líder desmotivado conseguirá motivar? Pense nisso!
4. Brigar muito por pouca coisa:
É impressionante, mas na maioria das vezes nos aborrecemos por coisas que não valem à pena. Às vezes, as situações estressantes são frutos de nossa própria "criação". Pequenos problemas não devem afetar os nossos sentimentos. Portanto, viva mais e preocupe-se menos.
Por fim, toda organização precisa de um time que tenha boa liderança (ensinar e servir), objetivos, focos, estratégias, bons relacionamentos, motivação e que seja unido. Assim, ela estará na "onda do sucesso". Desejo ótimas vitórias para você!

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